Em meio ao crescimento das transações digitais, os golpes de empréstimo se tornaram uma preocupação constante no Brasil. Em 2025, o país registrou mais de 1 milhão de tentativas de fraude por mês, o que significa uma abordagem enganosa a cada 2,2 segundos. Com base nos dados do Relatório de Identidade e Fraude da Serasa Experian, é fundamental entender como esses crimes acontecem para proteger seu patrimônio e seus dados pessoais.
O Brasil vive uma epidemia de fraudes: 51% dos brasileiros relataram ter sido vítimas de algum tipo de golpe em 2024, e mais da metade (54,2%) desses usuários sofreu prejuízo financeiro. Esse cenário reflete o poder de adaptação dos criminosos, que se valem de tecnologias avançadas para ludibriar até usuários mais experientes.
As fraudes afetam todas as faixas etárias e classes sociais. No interior do país, a incidência é ligeiramente maior (46%) do que em capitais e regiões metropolitanas (40%). Essa distribuição geográfica reforça a necessidade de políticas de conscientização e prevenção em todo o território nacional.
Os golpistas diversificam suas abordagens para alcançar diferentes perfis de vítimas. Entre as fraudes mais comuns relacionadas a crédito estão:
Especificamente nos golpes de empréstimo, os criminosos criam sites clonados, perfis falsos em redes sociais ou aplicativos de mensagens e até correspondentes bancários simulados. Eles prometem crédito fácil e rápido, exigindo pagamento antecipado de valores que jamais serão devolvidos.
Para enganar suas vítimas, os fraudadores utilizam técnicas de engenharia social avançada. E-mails, ligações telefônicas e mensagens de WhatsApp ou SMS simulam comunicações de grandes instituições financeiras. Com o uso de inteligência artificial, essas abordagens se tornam cada vez mais personalizadas e realistas.
Além disso, eles falsificam documentos e boletos bancários, garantindo visualmente a legitimidade da proposta. Muitas pessoas só percebem a fraude quando veem o dinheiro sumir da conta ou quando a cobrança de um boleto falso aparece sem aviso prévio.
Embora qualquer pessoa possa ser alvo, consumidores acima de 50 anos são os mais visados: 57,8% deles relataram ter sido enganados em 2024. Na faixa de 30 a 49 anos, o índice foi de 51,9%, enquanto jovens entre 18 e 29 anos tiveram 40,8% de incidência.
O público masculino apresenta um percentual ligeiramente maior de vítimas (52,5%) em comparação às mulheres (49,3%). Pessoas em situação financeira vulnerável estão mais propensas a cair nesse tipo de golpe devido ao desespero por soluções rápidas para suas dívidas.
O Congresso Nacional avalia propostas para aumentar penas em crimes digitais, especialmente quando há uso de inteligência artificial ou servidores no exterior. Paralelamente, instituições financeiras investem em validação biométrica e em soluções de reconhecimento facial para confirmar a identidade do cliente.
Essas tecnologias, aliadas a sistemas de monitoramento de transações em tempo real, ajudam a bloquear operações suspeitas antes que o golpe seja concluído. No entanto, a conscientização do próprio consumidor ainda é a primeira linha de defesa.
Golpes de empréstimo representam um desafio crescente em um mundo cada vez mais conectado. Ao compreender as técnicas utilizadas pelos criminosos e adotar hábitos seguros no ambiente digital, é possível reduzir drasticamente as chances de ser vítima.
Fique atento aos sinais de alerta, compartilhe essas informações com amigos e familiares e fortaleça sua rede de proteção contra fraudes. A educação financeira e a atitude vigilante são as melhores armas para preservar seu patrimônio e sua tranquilidade.
Referências