Em tempos de juros altos, encontrar linhas de crédito vantajosas é essencial para quem busca recursos mais baratos e condições acessíveis. O empréstimo com garantia de bens surge como uma solução inteligente, permitindo acesso a valores maiores e prazos estendidos.
Essa modalidade de crédito consiste em oferecer um bem — imóvel, veículo ou outro ativo — como seguridade para o pagamento da dívida. A técnica mais comum é a alienação fiduciária, na qual o tomador permanece como proprietário, mas o banco pode tomar posse em caso de inadimplência.
Os recursos obtidos são de uso livre para qualquer finalidade, seja quitar dívidas mais caras, reformar a casa, investir no negócio ou outras necessidades pessoais e profissionais.
O principal fator que reduz os juros é o risco de crédito drasticamente atenuado. Quando o banco tem a segurança de poder recuperar o bem em caso de inadimplência, ele sente-se mais confortável em oferecer taxas atraentes.
Estudos do Banco Central mostram que operações com garantias reais apresentam juros significativamente menores do que empréstimos sem colateral. Além disso, marcos legislativos, como o recente “Marco das Garantias”, podem acelerar a recuperação judicial de ativos, tornando o crédito ainda mais barato e eficiente.
No Brasil, é comum que o valor financiado alcance até 60% do valor do imóvel ou veículo dado em garantia. Algumas instituições exigem um montante mínimo de R$ 30.000 para concessão. Já os prazos podem chegar a 240 meses, dando fôlego ao orçamento familiar ou empresarial.
Embora as taxas variem conforme o perfil do cliente e a política de cada banco, elas figuram entre as menores do mercado de crédito, muitas vezes abaixo das modalidades sem garantia.
Antes de contratar, é fundamental avaliar sua capacidade de pagamento. O maior risco é perder o bem dado em garantia caso não consiga arcar com as parcelas.
Recomenda-se realizar simulações detalhadas, analisar o Custo Efetivo Total (CET) e verificar cláusulas contratuais específicas, como possibilidade de pulos de parcela ou programas de carência em algumas instituições.
O Marco Legal das Garantias visa aumentar a eficiência na recuperação de bens e reduzir custos judiciais, o que beneficia tanto bancos quanto tomadores de crédito. Com maior agilidade na execução das garantias, o risco de perda diminui, gerando spread bancário mais competitivo e impulsionando o acesso a empréstimos mais baratos.
Dados indicam que a taxa de recuperação judicial de garantias no Brasil está em 18,2%, abaixo da média de emergentes (42,5%). A aplicação de medidas legislativas adequadas pode elevar esse índice, promovendo ainda maiores quedas nas taxas de juros.
O empréstimo com garantia de bens representa uma excelente oportunidade para acessar crédito com condições superiores: juros reduzidos, prazos estendidos e valores elevados.
No entanto, exige planejamento financeiro rigoroso. Simule cenários, entenda cada cláusula contratual e avalie sua capacidade de pagamento antes de oferecer um bem em garantia.
Com atenção aos aspectos legais e boa gestão orçamentária, essa modalidade pode se transformar em um instrumento poderoso para quitar dívidas caras, investir em negócios ou realizar projetos pessoais, com menos custos e muito mais segurança.
Referências