Em um cenário de juros elevados e inflação persistente, investidores buscam alternativas para preservar e ampliar seu capital.

Descubra como escolher ativos capazes de oferecer rentabilidade real acima da inflação e garantir a proteção do poder de compra ao longo do tempo.

Panorama da Inflação no Brasil

O Brasil enfrenta um ciclo inflacionário desafiador. Para 2025, a expectativa é de 5,20% ao ano, acima do teto da meta de 4,5% do Banco Central. O IPCA acumulou 5,32% nos últimos 12 meses até maio de 2025, mantendo a tendência de taxas elevadas desde 2000, cuja média gira em torno de 6% ao ano.

Além disso, a Selic deve fechar 2026 em 12,5% ao ano, reflexo de incertezas fiscais e da necessidade de financiar déficits públicos. Esse ambiente exige estratégias sólidas de investimento para proteger o patrimônio contra a corruição de preços e o enfraquecimento do poder de compra.

Por que buscar ativos que batem a inflação?

Investir apenas em aplicações que acompanham o IPCA significa, na prática, preservar o capital sem expandi-lo. O verdadeiro objetivo é alcançar ganhos reais, ou seja, retornos acima da inflação, garantindo evolução do patrimônio.

Em períodos de expansão monetária e pressão fiscal, ativos escassos se valorizam: imóveis, metais preciosos, moedas fortes e, especialmente, a renda variável, que pode oferecer ganhos exponenciais ajustados aos preços.

Instrumentos tradicionais atrelados à inflação

Para quem busca segurança, há opções consolidadas no mercado:

• Títulos Públicos Indexados ao IPCA: como o Tesouro IPCA+ 2035, que oferece juros reais de 7,5% ao ano acima da inflação, garantindo crescimento do capital.
• Imóveis: ativos tangíveis que valorizam acima do índice em ciclos longos, atuando como reserva de valor.
• Ouro: proteção clássica contra desvalorização da moeda e choques econômicos.
• Moedas fortes: dólar e euro, que se valorizam frente ao real em momentos de crise.

Renda variável: ações que superam a inflação

Ações de empresas com sólido modelo de negócios e capacidade de repasse de custos costumam manter margens e lucros, mesmo em cenários inflacionários. Setores como energia elétrica, saneamento e exportadores se destacam.

Veja abaixo um comparativo histórico de rentabilidade e vantagens de cada ativo:

Critérios para selecionar ações que batem a inflação

Para montar uma carteira resiliente, observe:

• Poder de repasse: empresas líderes com produtos essenciais e baixa elasticidade de demanda.
• Receitas dolarizadas ou atreladas ao câmbio, beneficiando-se da desvalorização do real.
• Empresas exportadoras: aproveitam mercados externos e minimizam impacto local.
• Histórico de dividendos crescentes: protege o rendimento contra a inflação.

Dicas de proteção complementar

Além dos ativos acima, estratégias práticas reforçam a segurança patrimonial:

• diversificação inteligente de ativos financeiros entre renda fixa, variável e commodities.
• Reserva de emergência suficiente para evitar vendas forçadas em baixa.
• Renegociação de contratos com cláusulas de reajuste periódico.
• Antecipação de compras e controle de estoque para mitigar perda de poder de compra.

Conclusão - Pilares para bater a inflação

Combinar estratégias práticas de gestão patrimonial com ativos de proteção real, como Tesouro IPCA+, ações sólidas e FIIs, forma a base para enfrentar a inflação alta.

Equilíbrio entre liquidez, diversificação e horizonte de longo prazo é essencial. Investindo de forma disciplinada em instrumentos que proporcionem rentabilidade real sustentável, seu patrimônio não apenas se protege, mas cresce acima dos preços.